quinta-feira, 13 de junho de 2024

“Curiosidades… de Salvador...”


Sabe quando chegou eletricidade a nossa Aldeia de Salvador?

 

Por: José Morais

A energia elétrica, é sem dúvida um dos bens essenciais para podermos viver comodamente, não só nas nossas habitações, como ainda no dia-a-dia, seja no comércio, na indústria, na rua, e num inúmero de coisas, onde é utilizada a eletricidade.

Os mais novos, não se lembram, e desconhecem como era a vida noturna na altura, principalmente nas aldeias, onde a eletricidade não chegava, e “Salvador”, não fugia à regra, e tanto em casa como na rua, a iluminação era feita à luz do candeeiro, ou da tradicional “Lanterna”, que era alimentada de azeite ou petróleo.

A nossa aldeia de “Salvador”, como aconteceu com muitas outras coisas, sentiu o atraso em relação também a outras aldeias próximas, onde a eletricidade tinha chegado mais cedo, mas, à “60 anos”, mais propriamente a “6 de setembro de 1964”, chegava à nossa aldeia a eletricidade.


Foi na altura um grande acontecimento, o qual era já aguardado há muito tempo, e veio sem dúvida ser uma mais-valia, onde os Salvadorenses se sentiam tristes pelo atraso.

Foi num domingo que a aldeia recebeu assim a eletricidade, com a população toda engalanada, esperava-se assim impacientemente para o avanço e bem-estar de toda a população, com a cerimónia na altura a contar com o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, um delegado da empresa Hidroelétrica da Serra da Estrela e pelo executivo da Junta de Freguesia de Salvador na altura, juntamente com Povo da aldeia.


Na altura, encantada ficou toda a população com a eletricidade, com postes de iluminação espalhados pela aldeia, e o povo ficou na altura abismado com a nova luz nas ruas, quando a mesma era comparada aos poucos e raros candeeiros a petróleo, que naquela altura substituíram uma ou outra esquina das ruas de Salvador.

Porem, nem tudo foi rosas, como se costuma dizer, e a eletricidade na generalidade das casas, ainda demorou algum tempo a chegar, já que apesar da mais-valia que era reconhecida a nova fonte de energia, a mesma chegava às casas mais abastadas, porque as famílias de menos recursos, que nessa altura eram imensas, colocar a eletricidade em suas casas, era sem dúvida impossível, já que o investimento era muito alto, dificultando assim a sua colocação.


Porem, a evolução dos tempos era positiva, mas a não poder chegar ao lar de todos, com os mais necessitados a conterem-se, e durante muito tempo a recorrerem à luz antiga, mantendo a tradição da “Lanterna” a azeite ou a petróleo, para poderem assim fazer a sua vida noturna.

Esta uma das curiosidades da nossa aldeia de “Salvador”, que os mais novos desconhecem, e os mais antigos podem agora relembrar e recordar.

Um Bem-hajam a todos.

Nota:

Este artigo possui excertos do livro “Salvador Barquinha D’Oiro”, de autoria do nosso conterrâneo Albertino Calamote, o qual agradecemos a sua autorização.

O nosso obrigado.




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