Sabe quando chegou eletricidade a nossa Aldeia de Salvador?
Por: José Morais
A energia elétrica, é sem
dúvida um dos bens essenciais para podermos viver comodamente, não só nas
nossas habitações, como ainda no dia-a-dia, seja no comércio, na indústria, na
rua, e num inúmero de coisas, onde é utilizada a eletricidade.
Os mais novos, não se lembram,
e desconhecem como era a vida noturna na altura, principalmente nas aldeias,
onde a eletricidade não chegava, e “Salvador”,
não fugia à regra, e tanto em casa como na rua, a iluminação era feita à luz do
candeeiro, ou da tradicional “Lanterna”,
que era alimentada de azeite ou petróleo.
A nossa aldeia de “Salvador”, como aconteceu com muitas outras coisas, sentiu o atraso em relação também a outras aldeias próximas, onde a eletricidade tinha chegado mais cedo, mas, à “60 anos”, mais propriamente a “6 de setembro de 1964”, chegava à nossa aldeia a eletricidade.
Foi na altura um grande
acontecimento, o qual era já aguardado há muito tempo, e veio sem dúvida ser
uma mais-valia, onde os Salvadorenses se sentiam tristes pelo atraso.
Foi num domingo que a aldeia recebeu assim a eletricidade, com a população toda engalanada, esperava-se assim impacientemente para o avanço e bem-estar de toda a população, com a cerimónia na altura a contar com o presidente da Câmara Municipal de Penamacor, um delegado da empresa Hidroelétrica da Serra da Estrela e pelo executivo da Junta de Freguesia de Salvador na altura, juntamente com Povo da aldeia.
Na altura, encantada ficou
toda a população com a eletricidade, com postes de iluminação espalhados pela
aldeia, e o povo ficou na altura abismado com a nova luz nas ruas, quando a
mesma era comparada aos poucos e raros candeeiros a petróleo, que naquela
altura substituíram uma ou outra esquina das ruas de Salvador.
Porem, nem tudo foi rosas, como se costuma dizer, e a eletricidade na generalidade das casas, ainda demorou algum tempo a chegar, já que apesar da mais-valia que era reconhecida a nova fonte de energia, a mesma chegava às casas mais abastadas, porque as famílias de menos recursos, que nessa altura eram imensas, colocar a eletricidade em suas casas, era sem dúvida impossível, já que o investimento era muito alto, dificultando assim a sua colocação.
Porem, a evolução dos tempos
era positiva, mas a não poder chegar ao lar de todos, com os mais necessitados
a conterem-se, e durante muito tempo a recorrerem à luz antiga, mantendo a
tradição da “Lanterna” a azeite ou a petróleo, para poderem assim fazer
a sua vida noturna.
Esta uma das curiosidades da
nossa aldeia de “Salvador”,
que os mais novos desconhecem, e os mais antigos podem agora relembrar e
recordar.
Um Bem-hajam a todos.
Nota:
Este artigo possui excertos do
livro “Salvador Barquinha D’Oiro”,
de autoria do nosso conterrâneo Albertino Calamote, o qual agradecemos a sua
autorização.
O nosso obrigado.
Sem comentários:
Enviar um comentário